Classificado, Verdão sofre revés para Corinthians fora de casa no 1º jogo após paralisação
Departamento de Comunicação
No dia em que o Palmeiras comemora 69 anos de uma de suas maiores glórias esportivas – a conquista do Mundial de Clubes de 1951 (a Copa Rio) –, o esquadrão alviverde, para enfrentar o rival Corinthians, entrou em campo pela primeira vez desde a paralisação de suas competições vigentes, em março, devido ao início da pandemia de coronavírus (Covid-19) no Brasil. O duelo aconteceu pela 11ª rodada do Campeonato Paulista de 2020, penúltima da fase de grupos – vale lembrar que o Palmeiras entrou em campo para o Derby já classificado devido a vitória da Ponte Preta sobre o Novorizontino por 2 a 0. O Alviverde irá enfrentar o Santo André nas quartas de final.
O Derby de número 373 da história terminou com revés esmeraldino por 1 a 0, gol do zagueiro Gil no primeiro tempo. Assim sendo, o clássico ainda permanece com números positivos ao Palmeiras na contagem geral: 131 vitórias palmeirenses contra 130 triunfos corintianos e outros 112 empates, com 524 gols marcados pelo Verdão e 486 sofridos – o Palmeiras contabiliza todas as partidas em que os dois clubes se enfrentaram com os seus times principais, independentemente do tempo de jogo e se era amistoso ou jogo de campeonato.
Este foi o maior jejum sem jogos em todos os 105 anos da história da agremiação palmeirense desde que entrou em campo pela primeira vez em 1915. Desde sua última partida antes da paralisação do futebol devido ao surto da Covid, em 14 de março, no empate por 0 a 0 contra a Inter de Limeira, na casa do adversário, pela 10ª rodada do Estadual, foram pouco mais de quatro meses: exatos 129 dias sem entrar em campo! Desta forma, superou o antigo, que era recorde de 125 dias, registrado em 1932, até então a única paralisação superior a quatro meses no calendário do clube (entre 04/07 e 05/11 daquele ano).
Apesar do resultado adverso, o Palmeiras segue detentor de uma marca positiva jogando clássicos como visitante: desde a implantação do sistema de torcida única, em abril de 2016, o Maior Campeão do Brasil possui o melhor retrospecto dentre os quatro grandes de São Paulo, e agora acumula 6 vitórias em 22 jogos longe de seus domínios, seguido de Corinthians e Santos (ambos com 4 triunfos em 21 partidas), e do São Paulo (com 1 triunfo em 23 clássicos como visitante). Além disso, o Maior Campeão do Brasil também é o time menos vazado nesta condição de visitante na era da torcida única (21 gols sofridos contra 22 do Corinthians, 29 do Santos e 41 do São Paulo) e o segundo que mais gols marcou (16, ao lado do Santos, atrás do São Paulo, com 18, e à frente do Corinthians, com 13).
EM CAMPO
Recuperado da Covid-19, assintomático, o técnico Vanderlei Luxemburgo pôde, novamente, disputar um clássico diante do Corinthians (foi pela primeira vez desde o seu retorno no início de 2020). O retrospecto do treinador comandando o Verdão contra o Corinthians desde a estreia, em 1993, apesar do resultado adverso desta noite, ainda positivo: 17 jogos, com 7 vitórias, 6 empates e 4 derrotas. Foi derrubando o rival centenário nas finais que Luxemburgo e o Palmeiras conquistaram o Campeonato Paulista de 1993, o Torneio Rio-São Paulo de 1993 e o Campeonato Brasileiro de 1994. Somando os clássicos contra Corinthians, Santos e São Paulo, Luxa dirigiu o Palmeiras em 62 jogos já contando este, com 28 vitórias, 18 empates e 16 derrotas.
Nos aspectos individuais, dentre os jogadores, apesar da derrota, o zagueiro Vítor Hugo alcançou uma marca expressiva pelo Alviverde. Além da boa atuação na marcação, posicionamento e cortes das jogadas adversárias, o camisa 4 chegou a 154 jogos pelo clube e, com isso, alcançou o 3º lugar na lista de zagueiros com mais partidas no Século XXI, igualando o zagueiro Danilo, que defendeu o Alviverde entre 2009 e 2011 – ambos estão atrás apenas de Henrique (2º com 161) e Maurício Ramos (1º com 193).
Vítor Hugo é também o terceiro colocado na lista dos que mais jogaram no Allianz Parque, com um total de 72 partidas, atrás apenas de Dudu (127) e Fernando Prass (86). Além disso, o zagueiro está a um gol de entrar no top 10 de zagueiros artilheiros do Palmeiras em todos os tempos.
PRÓXIMO JOGO E TABELA
O próximo compromisso do Palmeiras será diante da equipe do Água Santa, de Diadema, no Allianz Parque, no próximo domingo (26), às 16h, pela 12ª e derradeira rodada da fase da primeira fase.
Atual segundo colocado na classificação geral, com 19 pontos (atrás apenas do Santo André, com 20), o Palmeiras – já classificado para as quartas de final – ainda pode terminar a fase de grupos como líder do campeonato como um todo. Para isso, terá que, além de bater o Água Santa, contar com um tropeço do Santo André na 12ª rodada (que recebe o Ituano, no Canindé, domingo, às 16h) e torcer também para que o São Paulo não some mais do que quatro pontos nas próximas duas rodadas (o Tricolor ainda jogará a 11ª rodada, nesta quinta, contra o Red Bull Bragantino, em casa, e a 12ª contra o Guarani, fora de casa).
O JOGO
Com desfalques do zagueiro Gustavo Gomez (resolvendo questões contratuais), do lateral-direito Marcos Rocha (cumprindo suspensão automática), do atacante Luan Silva (lesão no anterior da coxa direita) e do atacante Gabriel Veron (lesão no posterior da coxa direita), o Palmeiras foi a campo contra o Corinthians com: Weverton; Mayke, Felipe Melo, Vítor Hugo e Viña; Bruno Henrique, Patrick de Paula e Zé Rafael; Willian, Luiz Adriano e Rony.
Logo nos primeiros movimentos, o primeiro tempo parecia promissor para o Palmeiras, que enfiou uma bola na trave com Willian Bigode. Entretanto, após este lance, poucas oportunidades foram criadas. Houve um equilíbrio na partida, mas ambas as equipes mostravam dificuldade de desenvolver uma jogada tática.
Quando o jogo parecia truncado, o Corinthians chegou ao gol, aos 14 minutos, em um lance originado de escanteio cobrado por Fagner, no qual Gil cabeceou para o chão; o quick da bola e um leve desvio em Felipe Melo (que desde o início desta temporada joga de zagueiro) confundiu o goleiro Weverton, que acabou deixando a pelota passar. (Corinthians 1×0 Palmeiras)
Após o tento sofrido, o Palmeiras ainda reagiu, com um chute de Matias Viña, de fora de área. A bola subiu, mas assustou Cássio. Logo em seguida, aos 21, o lateral uruguaio Viña precisou ser substituído por um lance de dividida: ele subiu junto com o volante palmeirense Patrick de Paula e cabeceou a parietal do crânio do companheiro, levando a pior – sangrou na testa, foi atendido por um médico do Verdão e precisou sair deixar o campo, dando lugar a Diogo Barbosa.
O decorrer do restante da etapa inicial praticamente não reservou muitas emoções para ambos os times – apenas uma chegada no ataque com Rony e Luiz Adriano aos 37, que não deu certo, e um chute de Boselli após passe de Fagner do lado corintiano, com bom corte do zagueiro Vítor Hugo.
O Palmeiras voltou do intervalo com Lucas Lima no lugar de Zé Rafael. Foi a segunda substituição do treinador Luxemburgo (importante ressaltar que agora são permitidas cinco alterações).
Ao longo do segundo tempo, o Palmeiras se mostrou bem superior, tanto ao seu próprio primeiro tempo quanto em relação ao segundo tempo do rival. Mas parou em Cássio. O guarda-metas alvinegro fez pelo menos cinco defesas importantes para que o Palmeiras não conseguisse vazar o arquirrival.
A primeira tentativa das interceptadas por Cássio na etapa final foi logo no primeiro minuto, com Rony. Depois, novamente, aos 3 minutos – desta vez no chute de Bruno Henrique. Aos 7 minutos, Willian chutou de primeira, mas o goleiro defendeu com o pé esquerdo.
Após isso, pararam no guarda-metas corintiano ainda uma cabeçada de Vítor Hugo, um bonito chute de canhota de Raphael Veiga aos 25, uma batida cruzada de Luiz Adriano aos 28 e um chute de longe de Patrick de Paula.
Ao longo da partida, as outras três alterações restantes da equipe do Verdão foram Gabriel Menino no lugar de Mayke, aos 14 do segundo tempo, Raphael Veiga no lugar de Willian, aos 15 do segundo tempo, e Wesley no lugar de Rony, aos 26 do segundo tempo.
Palmeiras: Weverton; Mayke (Gabrel Menino, 14′ do 2ºT), Felipe Melo, Vítor Hugo e Viña (Diogo Barbosa, 21’ do 1ºT); Bruno Henrique, Patrick de Paula e Zé Rafael (Lucas Lima, no intervalo); Willian (Raphael Veiga, 15’ do 2ºT), Luiz Adriano e Rony (Wesley, 26’ do 2º).
Técnico: Vanderlei Luxemburgo.
Cartões amarelos: Mayke e Patrick de Paula
