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De camisa verde, calção branco e meião verde, a Sociedade Esportiva Palmeiras foi a campo neste sábado (08), assim como em 12/06/1993, para enfrentar o rival Corinthians pela partida da final do Campeonato Paulista de 2020. O palco do confronto do jogo de volta, desta vez, foi o Allianz Parque (o duelo de ida foi na Arena Corinthians, empate por 0 a 0 na última quarta-feira, 05).

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Pelo placar de 1 a 1, gol de Luiz Adriano aos 3 minutos do segundo tempo, e de Jô, de Pênalti, aos 50, os times empataram e decidiram nos penais. Com boa atuação de Weverton, que defendeu duas cobranças (de Michel e Sidcley), o Verdão venceu por 4 a 3, com Patrick de Paula batendo o pênalti final, e conquistou seu 23º título paulista, vingando 2018. Os outros 22 foram: 1920, 1926, 1927, 1932, 1933, 1934, 1936, 1940, 1942, 1944, 1947, 1950, 1959, 1963, 1966, 1972, 1974, 1976, 1993, 1994, 1996 e 2008; além desses, houve ainda duas conquistas do Campeonato Paulista Extra, em 1926 e 1938.

Esta foi a 8ª disputa de penalidades de classificação ou obtenção de título entre Palmeiras e Corinthians. Com o triunfo do Alviverde neste sábado, o retrospecto ficou novamente equilibrado: 4 a 4. O Verdão superou o rival nos pênaltis em 1999 (quartas da Libertadores), 2000 (semi da Libertadores), 2015 (semi do Paulista e, agora, 2020 (final do Paulista); já o rival levou a melhor em 1970 (semi do Torneio Quadrangular de São José dos Campos), 1998 (semifinal do Torneio Maria Quitéria), 2011 (semi do Paulista) e 2018 (final do Paulista). Portanto, de vitórias em competições de fato relevantes em penais o saldo é de 4 a 2 para o Palmeiras.

Devido às medidas de combate ao novo coronavírus, esta foi a primeira vez na história que o campo do Parque Antarctica, um dos palcos do Derby desde 1917, recebeu o clássico mais tradicional da cidade com portões fechados para a torcida. Esta foi a primeira vez em que o Palmeiras ergueu um troféu sem público nas arquibancadas.

Com o título conquistado, o Palmeiras passou à frente do Corinthians em número de vitórias em finais de torneios estaduais disputados entre as duas equipes: agora são 4 títulos para o Alviverde (Paulistas de 1936, 1974, 1993 e 2020) e três para o Alvinegro (que faturou os de 1995, 1999 e 2018).

No geral, por qualquer competição, Palmeiras e Corinthians já disputaram 32 finais, com ampla vantagem alviverde: 23 a 9. Considerando apenas os campeonatos regulares (ou seja, sem contar torneios amistosos), o Verdão enfrentou o Corinthians em outras quatro decisões e venceu todas: Paulista Extra de 1938, Rio-São Paulo de 1951 e 1993 e Campeonato Brasileiro de 1994.

Desde 1916, quando entrou no Campeonato Paulista pela primeira vez, o Maior Campeão do Brasil disputou, com esta, 13 finais estaduais (levando em conta o sistema de decisão eliminatório em confronto direto). Com esta, são sete conquistas (1920, 1936, 1959, 1974, 1993, 2008 e 2020) e seis vices (1986, 1992, 1995, 1999, 2015 e 2018). Vale lembrar que as decisões de 1920 e de 1959 foram jogos de desempate.

Além das sete finais de Paulistão contra o Corinthians e das 13 decisões do Estadual contra qualquer time, o Palmeiras disputou ainda sua 10ª final de campeonato em sua casa, o Parque Antarctica (levando em conta todas as suas configurações anteriores, inclusive a atual – desde 2014, reformado, o estádio figura como uma moderna arena).

Apesar de jogar no Parque Antarctica desde 1917 e de ser o proprietário do local desde 1920, o Palmeiras disputou poucas finais em sua casa: praticamente todos os campeonatos das primeiras quatro décadas do Século XX foram em sistema de pontos corridos, e depois disso a maioria das decisões foi realizada em estádios com maior capacidade de público, como o Pacaembu e o Morumbi. Desta forma, o Verdão disputou apenas a sua 10ª final em seus domínios, sendo a terceira no local já como Allianz Parque (as outras duas foram a Copa do Brasil de 2015, conquistada contra o Santos nos pênaltis, e o Paulista de 2018, perdida também nos pênaltis para o Corinthians). No geral, são seis vitórias do Maior Campeão do Brasil e quatro derrotas.

Já as finais no antigo Palestra Italia foram em 1936 (Paulista – campeão), 1996 (Copa do Brasil – vice), 1998 (Copa Mercosul – campeão), 1999 (Libertadores – campeão), 1999 (Copa Mercosul – vice), 2000 (Copa Mercosul – vice) e 2008 (Paulista – campeão).

Levando em conta apenas o período Allianz Parque, aliás, este é o terceiro título conquistado no local. Antes disso, em sua casa nova, o Palmeiras sagrou-se campeão da Copa do Brasil de 2015, sob o comando de Marcelo Oliveira, e do Brasileirão de 2016, no time dirigido por Cuca. Entretanto, vale destacar que o troféu do Brasileirão de 2018 (cujo título foi conquistado na 37ª rodada do Nacional daquele ano diante do Vasco, no São Januário), fora erguido no Allianz Parque, na última rodada (triunfo por 3 a 1 sobre o Vitória-BA).

Mas quando o assunto é classificação e avanço de fase no Allianz Parque (não necessariamente em disputa por título), ou eliminações e vice-campeonatos acumulados, o Verdão chega a sua 21ª disputa eliminatória, considerando qualquer competição. Em 15 ocasiões, O Palmeiras passou de etapa ou foi campeão, enquanto em outras seis oportunidades ficou pelo caminho ou foi vice-campeão.

12/04/2015 – Palmeiras 1×0 Botafogo-SP – Paulista – Quartas – Classificado
12/05/2015 – Palmeiras 5×1 Sampaio Corrêa-MA – Copa do Brasil – 2ª Fase – Classificado
30/09/2015 – Palmeiras 3×2 Internacional-RS – Copa do Brasil – Quartas – Classificado
28/10/2015 – Palmeiras 2×1 Fluminense-RJ – Copa do Brasil – Semifinal – Classificado
02/12/2015 – Palmeiras 2×1 Santos-SP – Copa do Brasil – Final – Campeão
18/04/2016 – Palmeiras 2×0 São Bernardo – Paulista – Quartas – Classificado
19/10/2016 – Palmeiras 1×1 Grêmio-RS – Copa do Brasil – Quartas – Eliminado
22/04/2017 – Palmeiras 1×0 Ponte Preta – Paulista – Semifinal – Eliminado
09/08/2017 – Palmeiras 1×0 Barcelona Guayaquil-EQU – Libertadores – Oitavas – Eliminado
21/03/2018 – Palmeiras 5×0 Grêmio Novorizontino – Paulista – Quartas – Classificado
23/05/2018 – Palmeiras 1×1 América-MG- Copa do Brasil – Oitavas – Classificado
08/04/2018 – Palmeiras 0x1 Corinthians – Paulista – Final – Vice-campeão
30/08/2018 – Palmeiras 0 x 1 Cerro Porteño-PAR – Libertadores – Oitavas – Classificado
03/10/2018 – Palmeiras 2×0 Colo-Colo-CHI – Libertadores – Quartas – Classificado
31/10/2018 – Palmeiras 2×2 Boca Juniors-ARG – Libertadores – Semifinal – Eliminado
07/04/2019 – Palmeiras 0x0 São Paulo-SP – Paulista – Semifinal – Eliminado
30/05/2019 – Palmeiras 2×0 Sampaio Corrêa-MA – Copa do Brasil – Oitavas – Classificado
30/07/2019 – Palmeiras 4×0 Godoy Cruz-ARG – Libertadores – Oitavas – Classificado
29/07/2020 – Palmeiras 2×0 Santo André – Paulista – Quartas – Classificado
02/08/2020 – Palmeiras 1×0 Ponte Preta – Paulista – Semifinal – Classificado
08/08/2020 – Palmeiras 1×0 Corinthians – Paulista – Final – Campeão

Em sua casa, neste ano, o Verdão tem um aproveitamento avassalador que é de 83%. O time não sabe o que é perder em seus domínios em 2020. Por enquanto, são oito jogos com seis vitórias e dois empates: pelo Paulista, venceu o Mirassol por 3 a 1 (em 16/02), o Guarani por 1 a 0 (em 20/02), o Água Santa por 2 a 1 (em 26/07), o Santo André por 2 a 0 (em 29/07) e a Ponte Preta por 1 a 0 (em 02/08); e empatou com a Ferroviária por 1 a 1 (em 07/03) e com o Corinthians (em 08/08); pela Libertadores, superou o Guaraní-PAR por 3 a 1 (em 10/03).

Além dos jogos na arena, o Alviverde também está invicto neste ano como mandante de forma geral: considerando as partidas realizadas na Arena da Fonte Luminosa (Palmeiras 0x0 São Paulo) e no Pacaembu (Palmeiras 4×0 Oeste) pelo Paulista, incluindo o retrospecto no Allianz Parque (oito jogos, seis vitórias e dois empates), o Palmeiras ostenta um aproveitamento de 80% na temporada. São dez jogos, sendo sete vitórias e três empates, com 18 gols marcados e cinco sofridos.

E não foi só o título! Outro feito histórico que o Verdão protagonizou na tarde deste sábado ensolarado e de céu azul no Allianz Parque foi o fato de ter impedido mais um tetracampeonato paulista, frustrando a possibilidade de o Corinthians dar sequência às conquistas de 2017/18/19 – anteriormente, o Alviverde já impediu dois tetras e um penta. Desta forma, o C.A. Paulistano continua sendo o único clube quatro vezes campeão paulista (entre 1916 e 1919).

Na era profissional do futebol (desde 1933), o Alvinegro, até então, teve uma única chance, em 1940, quando vinha do tri de 1937/1938/1939, mas foi atravancado justamente pelo Palmeiras (à época, Palestra Italia), que faturou a edição marcada como a primeira desde a inauguração do Pacaembu para ser o principal palco da cidade e a última do Palestra Italia antes de ser obrigado a mudar de nome.

Outro tetra impedido pelo Palmeiras foi do Santos, de Pelé. Tricampeão em 1960/1961/1962, o Alvinegro Praiano teve a sequência interrompida porque o Palmeiras entrou no caminho e faturou o Paulista de 1963. Aliás, o Verdão, que também foi campeão em 1959 e 1966, impediu que o Santos, campeão ainda 1958, 1964, 1965, 1967, 1968 e 1969, emendasse 12 títulos consecutivos.

Dentro de campo, os números em decorrência da partida ajudaram a fazer com que o time construísse algumas marcas nesta edição do Campeonato Paulista de 2020, como, por exemplo, a de ter sido o dono da melhor defesa, com apenas sete gols sofridos, sendo seis na primeira fase (parâmetro justo de comparação, pois é quando todos os times jogam o mesmo número de vezes: 12) – algo que se repete, em Paulistas, pela 4ª vez seguida: foi assim também em 2017 (oito gols sofridos), 2018 (outros oito) e 2019 (cinco), sempre levando em conta o número de gols sofridos na primeira fase.

Outra estatística curiosa foi reforçada com o resultado do duelo desta final, no gol de Luiz Adriano. Dos 28 gols do Palmeiras na temporada, 23 deles (como o de hoje) foram marcados no segundo tempo (82,14%), enquanto apenas cinco (ou seja, 17,86%) foram marcados na etapa inicial.

Individualmente, o título trouxe uma série de recordes a Vanderlei Luxemburgo. O comandante alviverde se isolou como o maior vencedor da história do Campeonato Paulista, com nove títulos. Além das cinco conquistas pelo Verdão (1993, 1994, 1996, 2008 e 2020), Luxemburgo faturou os estaduais de 1990 (Bragantino), 2001 (Corinthians) e os de 2006 e 2007 (ambos com o Santos). Desta forma, Luxa superou Lula, técnico famoso por dirigir o Santos de Pelé, campeão oito vezes, em 1955, 1956, 1958, 1960, 1961, 1962, 1964 e 1965.

Além disso, Vanderlei Luxemburgo se isolou também como técnico que mais venceu Paulistas apenas pelo Palmeiras. Agora com cinco conquistas, o treinador carioca superou o gaúcho Oswaldo Brandão, com quem antes estava empatado com quatro paulistas. Brandão levou o Alviverde aos títulos de 1947, 1959, 1972 e 1974. No geral, Luxa soma ainda os Brasileiros de 1993 e 1994 e o Torneio Rio-São Paulo de 1993, sendo, desta forma, o treinador com mais títulos de expressão de forma geral pelo Palmeiras.

Dentre tantos números positivos de Luxemburgo em decorrência desta partida, um recorde não pode passar batido: ele foi o treinador que de menos jogos precisou para sagrar-se campeão de um torneio de expressão considerando o início do trabalho de um técnico no Verdão no Século XXI: 20 partidas – batendo seu próprio recorde de 2008, quando foi campeão paulista 27 partidas depois que assumiu o time, no início daquela temporada.

Como técnico do Palmeiras, Vanderlei Luxemburgo já disputou quatro finais de campeonato contra o Corinthians e venceu todas: Paulista de 1993, Torneio Rio-São Paulo de 1993, Brasileiro de 1994 e, agora, Paulista de 2020. No retrospecto geral comandando o Verdão contra o Alvinegro desde a sua estreia, em 1993, são 19 jogos, 7 vitórias, 8 empates e apenas 4 derrotas. Somando os clássicos contra Corinthians, Santos e São Paulo ao longo de cinco passagens pelo clube, Luxa comandou o Palmeiras em 64 jogos, com 28 vitórias, 20 empates e 16 derrotas.

Este também foi o 47º duelo eliminatório de Vanderlei Luxemburgo pelo Palmeiras, considerando inclusive competições amistosas, e o saldo é positivo, com o Verdão passando de fase ou sagrando-se campeão em 28 oportunidades, enquanto ficou pelo caminho ou foi vice-campeão em 19 ocasiões.

Só pelo Campeonato Paulista, foram sete duelos, com seis vitórias (quartas de final de 2020, semifinais de 2008 e de 2020, e três títulos, nas finais de 1993, 2008 e 2020) e uma derrota (semifinal de 2009). No Campeonato Brasileiro, a vantagem também é expressiva: quatro vitórias (incluindo as finais de 1993 e 1994) e apenas uma derrota (quartas de final de 1996).

A própria estreia de Luxemburgo no Palmeiras foi em uma partida eliminatória. O jogo do dia 20/04/1993, quando o Verdão bateu o Vitória por 1 a 0, gol de Maurílio, colocou o time nas quartas de final da Copa do Brasil daquele ano.

Mata-mata de Paulista: 7 eliminatórias, 6 vitórias e 1 derrota
Mata-mata de Brasileiro: 5 eliminatórias, 4 vitórias e 1 derrota
Mata-mata de Copa do Brasil: 13 eliminatórias, 8 vitórias e 5 derrotas
Mata-mata de Libertadores: 3 eliminatórias, 1 vitória e 2 derrotas
Outros torneios: 19 eliminatórias, 9 vitórias e 10 derrotas
Geral: 47 eliminatórias, 28 vitórias e 19 derrotas

Técnico que mais comandou o Palmeiras no Parque Antarctica (incluindo todas as formas físicas que a atual arena palmeirense, inaugurada em 2014, já possuiu outrora), com 152 partidas – o segundo colocado é Oswaldo Brandão, com 130 –, Luxemburgo possui uma série invicta na casa esmeraldina de 15 jogos (11 vitórias e 4 empates). Vale lembrar que nenhum outro venceu mais vezes do que Luxemburgo no templo sagrado palmeirense: 120 vitórias (o segundo também é Brandão, com 96 vitórias).

A última derrota aconteceu há 11 anos, na sua passagem anterior pelo clube, em 18/04/2009: foi para o Santos, por 2 a 1, pelo Campeonato Paulista, gol de Pierre. O duelo colocou dois lendários jogadores de diferentes lados naquele dia: o veterano goleiro Marcos, pelo Palmeiras, e o jovem atacante Neymar, pelo Peixe.

Dentre os jogadores, quem não pode deixar de ser citado individualmente como um dos azes dessa conquista é o goleiro Weverton. Primordial para que o Palmeiras saísse campeão de campo com o título, o camisa 1 brilhou na disputa de pênaltis ao defender duas cobranças (de Michel e Sidcley). Ser decisivo como pegador de pênaltis, aliás, não é um fato novo na carreira do goleiro. Pelo time olímpico da Seleção Brasileira, nos Jogos do Rio-2016, ele defendeu uma cobrança do alemão Petersen na vitória por 5 a 4 do Brasil sobre o time germânico, nos pênaltis, na grande final disputada no Maracanã, ajudando a garantir a inédita medalha de ouro ao Brasil (coube a Neymar bater a último tiro para que a equipe canarinho fosse campeã).

Atleta com mais minutos em campo em 2020, Weverton atuou em todos os 20 jogos do Palmeiras neste ano, assim como Willian e Zé Rafael. Desde que chegou ao Palmeiras, Weverton já defendeu seis penalidades com essas de hoje; as outras quatro foram no ano de 2019, em amistoso diante do Guarani; pela Copa do Brasil diante do Internacional; pela Libertadores contra o Godoy Cruz-ARG; e ante o Ceará pelo Brasileirão.

E se de um lado sobressaiu a experiência de Weverton, do outro, a juventude de Patrick de Paula deu uma mostra da estrela do jogador de 20 anos de idade. Com personalidade, após subir da base (time Sub-20) ao quadro principal do Verdão no início desta temporada, o volante já se tornou um dos principais pilares da equipe de Vanderlei Luxemburgo, sendo titular nos últimos jogos (desde o retorno devido à pausa da pandemia de Covid-19). Coube ao camisa 5 marcar o gol decisivo do título na disputa por penais! Antes disso, o atleta já havia sido primordial para a classificação do Maior Campeão do Brasil à final, passando pela Ponte Preta por 1 a 0 com seu gol – um belo chute de pé esquerdo, de fora da área.

Patrick foi captado pelo Palmeiras enquanto atuava no futebol amador do Rio de Janeiro em 2017. Fazia, inicialmente, a função de meia armador e assumiu o protagonismo da equipe Sub-20 quando passou a jogar mais recuado, como primeiro volante (atuou até improvisado como zagueiro em algumas partidas das categorias de base).

Luiz Adriano também merece destaque. É dele a melhor média de gols da arena palmeirense com essa configuração atual (desde 2014), que é de 0,75 gol por jogo. Completam o top 10 Borja (2º com 0,38 – 19 gols em 50 jogos), Cristaldo (3º com 0,34 – 11 gols em 32 jogos), Leandro Pereira (4º com 0,33 – 7 gols em 21 jogos), Gabriel Jesus (5º com 0,32 – 11 gols em 34 jogos), Deyverson (6º com 0,30 –13 gols em 42 jogos), Rafael Marques (7º com 0,28 – 12 gols em 42 jogos), Barrios (8º com 0,26 – 5 gols em 19 jogos), Dudu (9º com 0,25 – 33 gols em 127 jogos), Keno (também 9º com 0,25 – 9 gols em 35 jogos), Willian (também 9º com 0,25 – 16 gols em 64 jogos) e Alecsandro (também 9º com o,25 – 6 gols em 24 jogos).

Com nove gols (em 12 partidas), ele ocupa a 9ª posição na lista de artilheiros da arena palmeirense com essa configuração atual (desde 2014) ao lado de Keno. Completam o ranking: Cristaldo, Gabriel Jesus e Bruno Henrique (empatados na 6ª colocação com 11), Rafael Marques (5º com 12), Deyverson (4º com 13), Willian (3º com 16), Borja (2º com 19) e Dudu (1º com 33).

Antes dos duelos com o Água Santa e Santo André e das duas partidas em que o Palmeiras passou em branco no placar (contra Corinthians e Inter de Limeira), foram de Luiz Adriano os três gols na vitória por 3 a 1 diante do Guaraní-PAR (seu segundo hat-trick no Verdão), dia 10/03, também no Allianz Parque, pela Libertadores. À época, ele chegou ao 7º gol em oito jogos, com média de 0,87 – número esse no Allianz Parque, entretanto, que o jogador já chegou a ter média até superior anteriormente: uma das duas vezes foi quando fez sua segunda partida no estádio e alcançou seu primeiro hat-trick, na vitória diante do Fluminense, por 3 a 0, pelo Brasileirão de 2019. Como não havia marcado em sua estreia na arena, Luiz Adriano ficou com três gols em dois jogos e, portanto, somou naquela ocasião média de 1,5 gol por jogo. Após enfrentar o Água Santa, Luiz Adriano ainda chegou a ter média na casa alviverde de 0,88, pois somava oito gols em nove jogos.

Os hat-tricks de Luiz Adriano no Verdão não são novidades. Fora do Brasil, o jogador já havia alcançado o mesmo feito em outras três oportunidades, além de uma vez em que marcou cinco gols pelo Shakhtar Donetsk-UCR (sendo quatro deles apenas no primeiro tempo), onde é o maior artilheiro da história do clube, com 130 gols. Ele é também o 7º maior goleador brasileiro na história da Champions League, com 21 tentos – neste ranking, apenas Neymar, Kaká, Rivaldo, Jardel, Élber e Mazzola, revelado pelo Verdão, balançaram mais vezes as redes pela maior competição continental do planeta. E em toda a história, só Luiz Adriano e Lionel Messi fizeram cinco gols em um mesmo jogo de Champions.

Também não pode ficar de fora desse hall dos memoráveis da conquista o agora zagueiro Felipe Melo, que conseguiu feito individual expressivo neste jogo contra o rival. Após estar ausente no jogo de ida da final, na Arena Corinthians, por dores musculares na coxa esquerda, o jogador, ao entrar em campo contra o Alvinegro na decisão pelo título, chegou a 67 jogos no Allianz Parque – mesmo número de partidas de Zé Roberto na arena e, desta forma, entrou para o top 5 de jogadores com mais jogos na casa palmeirense, ao lado do ex-camisa 11. Completam o ranking o volante Thiago Santos, com 71 partidas, o zagueiro Vitor Hugo, 73, o goleiro Fernando Prass, 86, e o atacante Dudu, recordista de jogos na arena, com 127 duelos.

O camisa 30 também se isolou no terceiro lugar dentre os jogadores do elenco que mais atuaram. Agora com 156 jogos desde que chegou ao clube, em 2017, Felipe Melo deixou Vitor Hugo para trás (155), com quem antes dividia a terceira posição. Em segundo lugar, vem Bruno Henrique, com 159 partidas, e Willian, líder do atual elenco em jogos pelo Verdão, com 169.

Responsável por erguer o troféu neste sábado, Felipe Melo é o capitão do Palmeiras desde que o técnico Vanderlei Luxemburgo assumiu o time, em janeiro deste ano. Ele capitaneou a equipe em todas as 17 partidas que disputou na temporada – quando não jogou (3ª rodada do Paulista, contra o Oeste, poupado, a 9ª rodada do estadual, contra a Ferroviária, suspenso, e o jogo de ida da final contra o Corinthians), os capitães foram, respectivamente, Willian e Weverton, duas vezes. Ao todo, Melo foi o capitão palmeirense 26 vezes, sendo outras duas em 2018 e sete em 2019. Recuado para a zaga em 2020, Melo tem como companheiro de defesa mais frequente o paraguaio Gustavo Gómez. A dupla atuou 14 vezes em 20 jogos nesta temporada e sofreu somente seis gols, com apenas uma derrota, além de dez vitórias e três empates.

Por fim, o atacante Willian também merece destaque. Por apenas um gol ele não se tornou artilheiro desta edição do Campeonato Paulista de 2020, se juntando a Heitor (1926 e 1928 – com 18 e 16 gols respectivamente), Romeu Pellicciari (1932 e 1934 – 18 e 13 gols respectivamente), Humberto Tozzi (1953 e 1954 – 22 e 36 gols respectivamente), César Maluco (1971 – 18 gols), Evair (1994 – 23 gols), Vágner Love (2004 – 12 gols), Alan Kardec (2014 – 9 gols) e Borja (2018 – 7 gols).

Neste Paulista, o camisa 29 marcou diante do Ituano, do Oeste, três vezes, da Ponte Preta e da Ferroviária e, com isso, ficou atrás apenas de Ytalo, do Red Bull Bragantino, com sete, e ao lado de lado de Júnior Todinho, do Guarani, Pablo, do São Paulo, e Murilo Rangel, da Inter de Limeira (todos estes também com seis).

O jogo

O duelo deste sábado (08) marcou a volta de Felipe Melo na zaga e Zé Rafael como titular na ponta-esquerda – o camisa 11 Rony, como habitualmente vinha sendo, não figurou dentre os titulares nesta decisão. Essas foram as principais mudanças no time de Vanderlei Luxemburgo.

Com isso, o Palmeiras foi a campo com Weverton; Marcos Rocha, Gustavo Gómez, Felipe Melo e Viña; Patrick de Paula, Gabriel Menino e Ramires; Willian, Luiz Adriano e Zé Rafael.

Com um primeiro tempo lento, poucas chances foram criadas para ambos os lados. A principal delas, porém, favoreceu o lado palmeirense, com Willian, logo nos minutos iniciais, que obrigou Cássio a fazer boa intervenção.

No segundo tempo, logo aos três minutos, Luiz Adriano abriu a contagem de cabeça, após ótimo cruzamento do lateral-esquerdo uruguaio Matías Viña e, com isso, o Alviverde passou a levar vantagem. (Palmeiras 1×0 Corinthians)

Com a maior parte do tempo sob a posse de bola, o time de Luxemburgo não se encolheu diante das movimentações corintianas e seguiu atacando o rival.

Nos minutos finais, certa pressão tomou conta do Allianz Parque vazio – um gol, àquela altura, levaria o jogo para os penais, e era tudo o que o Palmeiras não queria. No entanto, foi exatamente o que aconteceu: o Alvinegro sofreu pênalti aos 50 minutos do segundo tempo, na última bola do jogo e Jô converteu (Weverton ainda tocou na pelota).

COBRANÇA DE PENALIDADES

Na primeira cobrança, Weverton defendeu o chute de Michel (Palmeiras 0x0 Corinthians). Bruno Henrique foi para a primeira do Palmeiras e Cássio pegou (Palmeiras 0x0 Corinthians). Na segunda cobrança do Corinthians, Danilo Avelar bateu e não deu para Weverton (Palmeiras 0x1 Corinthians). Na segunda do Palmeiras, Raphael Veiga foi para a bola e bateu de canhota, sem chance para Cássio (Palmeiras 1×1 Corinthians). A terceira cobrança do Corinthians foi de Cantillo, que bateu e Weverton defendeu (Palmeiras 1×1 Corinthians). Gustavo Scarpa bateu e marcou (Palmeiras 2×1 Corinthians). Sidcley bateu o quarto do Alvinegro e converteu (Palmeiras 2×2 Corinthians). Na quarta do Verdão, Lucas Lima bateu de canhota e converteu (Palmeiras 3×2 Corinthians). Jô foi bater a quinta do Corinthians e marcou, dando uma sobrevida ao Alvinegro. Se perdesse, acabaria; mas fez (Palmeiras 3×3 Corinthians). O gol do título coube a Patrick de Paula bater: ele partiu para a bola, fez e o Palmeiras foi campeão paulista de 2020! (Palmeiras 4×3 Corinthians)

PALMEIRAS: Weverton; Marcos Rocha, Felipe Melo, Gustavo Gómez e Viña; Patrick de Paula, Gabriel Menino (Rony, no intervalo) e Ramires (Bruno Henrique, no intervalo); Willian (Lucas Lima, aos 39’/2ºT), Zé Rafael (Raphael Veiga, aos 30’/2ºT) e Luiz Adriano (Gustavo Scarpa, aos 31’/2ºT). Técnico: Vanderlei Luxemburgo.

Cartões amarelos: Lucas Lima, Patrick de Paula e Rony (PAL)

Gol: Luiz Adriano (3’/2ºT) (1-0)