Bruno Alexandre Elias
Departamento de Comunicação

O zagueiro Vitor Hugo disputou sua primeira partida como titular na temporada 2020 neste sábado (14), já que Gustavo Gómez cumpriu suspensão contra a Inter de Limeira. O camisa 4 esteve afastado dos campos desde o dia 30/11/2019, contra o Flamengo, devido a uma cirurgia na região inguinal realizada em dezembro, e voltou a jogar no segundo tempo do confronto diante do Guaraní-PAR, pela Libertadores, na última terça-feira (10) – entrou no lugar do próprio Gómez.

“Feliz por ter voltado, mas não pelo resultado. Mas a alegria é muita de voltar a defender as cores do Verdão. A gente batalhou, batalhou, tentou, tentou, martelou, martelou, mas a bola não entrou”, declarou Vitor Hugo sobre seu retorno, analisando os aspectos da partida.

Vitor Hugo lamentou ainda uma chance aos 35 minutos do segudo tempo. “Quase que eu fiz o gol. Consegui ganhar por cima, mas devia só ter deixado raspar. Poderíamos ter saído com a vitória, mas, mesmo assim, vamos continuar trabalhando porque nosso grupo já provou várias vezes que tem condição de brigar por coisas grandes”, analisou.

Se tivesse marcado esse quase gol pelo qual lametou, Vitor Hugo passaria a integrar o top 10 dos zagueiros-artilherios em todos os 105 anos de história do clube palestrino. Seria um recorde histórico!

Hoje com 13 gols marcados, o camisa 4 também está perto de integrar esse top 10 de zagueiros artilheiros da agremiação esmeraldina em todos os tempos: falta apenas uma bola na rede para igualar Nen e Henrique na 9ª posição (ambos com 14 gols). Completam o ranking Júnior Baiano e Roque Júnior, com 16 gols, empatados na 7ª colocação; Daniel, com 18 tentos, isolado na 6ª posição; Bianco Gambini, com 20 gols, na 5ª posição; Cléber, com 21 tentos, na 4ª posição; Vágner Bacharel, com 22 bolas na rede, em 3º; Loschiavo, com 32 gols, na vice-liderança; e Luis Pereira, com 36 gols, maior zagueiro artilheiro da história do Alviverde.

Do elenco atual, Vitor Hugo é o terceiro com mais partidas pelo Palmeiras (com 154, atrás somente de Dudu, com 305, e Willian, com 163). O zagueiro ainda é o terceiro colocado na lista dos que mais jogaram no Allianz Parque com um total de 72 partidas, atrás apenas de Dudu (127) e Fernando Prass (86).

“A gente não tomou o gol, o que é um ponto muito positivo para mim, que sou defensor, sou zagueiro, mas triste pelo resultado”, reforçou o atleta.

WILLIAN ANALISA ASPECTOS DA PARTIDA

“Esse era o nosso objetivo (vencer). Viemos para cá sabendo do calor que teríamos de superar. Enfrentamos um gramado bem ruim. Mas não faltou empenho e nem dedicação. Tivemos, sim, as melhores oportunidades. Infelizmente não conseguimos concluir gol”, analisou Bigode.

E completou: “No segundo tempo, com um jogador a mais, acredito que ficou até mais difícil o jogo, porque eles se recuaram e, então, a gente não conseguiu penetrar com facilidade. Foi uma tarde em que o árbitro fez uma partida muito ruim, embora eu não goste de falar muito sobre arbitragem. Ele aplicou algumas faltas em que estávamos chegando firme, mas nada de querer machucar ninguém, e ele acabou amarelando quase o time todo, enquanto os jogadores do adversário ficaram parados, ganhando tempo, e ele não tomou providências, e deu apenas cinco minutos de acréscimo. Infelizmente não conseguiu, mas agora é erguer a cabeça, ter uma semana de trabalho, bem concentrado, já pensando no próximo (compromisso)”.

Willian soma seis gols neste Paulista (marcou diante do Ituano, do Oeste, três vezes, da Ponte Preta e da Ferroviária) e, com isso, é o vice-artilheiro do Estadual até aqui, isolado. À frente de Willian está apenas Ytalo, do Red Bull Bragantino, com um gol a mais (ou seja, sete).

Vale lembrar que com oito gols no ano, o camisa 29 do Verdão também é o goleador máximo do time nesta temporada – além dos seis gols no Paulista, marcou também sobre o New York City, pela Florida Cup, e sobre o Tigre-ARG, na Libertadores.

Exemplo de caráter, profissionalismo e raça em campo, o camisa 29 chegou ao clube em 2017. Desde então, entrou em campo 163 e marcou 46 gols (é o terceiro maior artilheiro do clube no Século, atrás somente de Vágner Love, com 54, e Dudu, 70). Foram 53 partidas e 17 gols em 2017; 68 jogos e 17 bolas na rede em 2018; 28 duelos e 4 tentos em 2019 (neste ano, passou grande parte da temporada se recuperando de lesão) e, em 2020, até aqui, acumula a marca de 14 jogos e oito gols.

O atacante foi peça importante na conquista do Campeonato Brasileiro de 2018, concedendo, inclusive, assistência para o gol de Deyverson contra o Vasco na penúltima rodada do Brasileiro, em São Januário, triunfo por 1 a 0 que rendeu ao Verdão seu 10º título nacional (foi no lance do passe a gol, aliás, que o jogador se machucou e ficou boa parte do ano seguinte se recuperando da lesão sofrida).