Zagueiro-artilheiro do Verdão em 2019, Gómez volta a balançar as redes em 2020

Departamento de Comunicação
Bruno Alexandre Elias

Gustavo Gómez possui 67 partidas e nove gols pelo Palmeiras (Cesar Greco/Palmeiras)

O gol de Gustavo Gómez na partida contra o Mirassol pela 6ª rodada do Campeonato Paulista, na tarde deste domingo (16), marcou o início da arrancada palmeirense na busca pela virada de jogo (terminou 3 a 1 para o Verdão) – aliás, essa foi a segunda virada em 2020, já que, a primeira, fora diante do New York City pela Florida Cup (2 a 1), torneio amistoso do qual o Alviverde saiu como campeão.

Além de ser um dos grandes responsáveis pelo bom momento defensivo do Verdão, Gómez também possui característica ofensiva. Em 2019, ele foi o zagueiro-artilheiro do clube, marcando cinco vezes no ano (em 42 jogos). Em 2018, ano em que chegou no Maior Campeão do Brasil, havia deixado sua marca três vezes (em 17 partidas). Com o primeiro tento em 2020, portanto, chegou ao seu 9º tento pelo clube em um total de 67 duelos.

Os cinco gols marcados na temporada passada, aliás, fizeram com que Gómez se aproximasse de um seleto grupo de zagueiros que mais balançaram as redes adversárias em um único ano: com seis bolas na rede, estão Luis Pereira e Nen (em 1974 e 2004, respectivamente); com oito gols, aparecem Cléber e Vitor Hugo (em 1996 e 2015, respectivamente); com nove bolas na rede, está Vágner Bacharel (feito imposto em 1983); já o maior zagueiro-artilheiro do Verdão em todos os tempos, considerando uma mesma temporada, é Loschiavo, que marcou 11 gols em 1923 e, depois, repetiu o feito em 1925. Ao lado de Gómez, com cinco gols em um mesmo ano, estão o colombiano Yerry Mina (que fez cinco gols na temporada de 2017), Vitor Hugo (que fez cinco gols em 2016), Luís Pereira (cinco gols em 1971 e outros cinco em 1972) e Bianco Gambini (cinco tentos em 1916).

Contratado no meio de 2018, vindo do Milan-ITA, Gustavo Gómez conquistou seu espaço no time rapidamente e se tornou um dos pilares do forte sistema defensivo do Palmeiras campeão brasileiro daquele ano. Em 2018, inclusive, o camisa 15 foi fundamental para a quebra do recorde de gols sofridos na conquista do decacampeonato brasileiro, com apenas 26 tentos tomados (marca anterior era de 32, alcançada no título de 2016).

O zagueiro é figura constante na Seleção Paraguaia e, muitas vezes, inclusive, veste a braçadeira de capitão. Por sua nação, disputou a Copa América Centenário, em 2016, a Copa América de 2019, amistosos em também em 2019, além de ter participado de grande parte das partidas das Eliminatórias para a Copa do Mundo da Rússia 2018.

GUSTAVO GÓMEZ: CAMPEÃO POR ONDE PASSOU

Amuleto. Essa é a palavra que melhor descreve Gustavo Gómez no futebol, pois, desde que o jogador se profissionalizou, defendeu quatro clubes e sempre conquistou títulos! No Libertad, foram dois Campeonatos Paraguaios. No Lanús, um Argentino. Já pelo Milan, levantou a taça da Supercopa da Itália. E pelo Palmeiras comemorou a conquista do Brasileirão.

RELEMBRE ESTA MARCA: JUNTOS, GÓMEZ E LUAN FICARAM SEM SOFRER GOL POR 1121 MINUTOS

Em pouco tempo juntos, os zagueiros Gustavo Gómez e Luan fizeram história com a camisa do Palmeiras: o fato ocorreu no início da temporada de 2019, quando, a partir do Derby na 5ª rodada do Paulista, com a dupla em campo, o time alviverde ficou sem sofrer gol por 1121 minutos (sem considerar os acréscimos).

Foram 998 minutos referentes aos dez duelos feitos pela dupla dentro dessa série (já descontando o tempo em que Luan saiu sentindo dores contra o Santos, pela 8ª rodada do Paulista de 2019, aos 27 da etapa inicial, e contra o Botafogo-RJ, pela 6ª rodada do Brasileiro, aos 26 do segundo tempo) e outros 83 correspondentes ao tempo restante do derby, pela 5ª rodada do Estadual, quando foi iniciada a sequência (logo após o time ter sido vazado aos sete minutos daquele clássico), somados aos 40 minutos do jogo contra o Internacional pela Copa do Brasil, minuto em que saiu o gol do time Colorado que pôs fim à série.

O recorde na história palestrina sem tomar gol levando em conta uma dupla de zaga, entretanto, ainda pertence a Marcio e Vágner Bacharel que, em 1987, garantiram que o time ficasse por exatos 1121 minutos intransponível.