Apelidado de Maluco devido ao estilo irreverente que exibia dentro e fora de campo, César Augusto da Silva Lemos foi um dos mais geniais atacantes da história do Palmeiras. Com 182 gols em 327 partidas, é o segundo maior artilheiro do clube em todos os tempos (só atrás de Heitor, que marcou 323 vezes entre 1916 e 1931) e o principal goleador alviverde na Era Profissional do futebol brasileiro, iniciada em 1933.

Nascido em Niterói (RJ) e oriundo de uma família de jogadores (um de seus irmãos, Luisinho, mais tarde atuou pelo Verdão), Cesar iniciou a carreira no Canto no Rio, tradicional agremiação de sua cidade natal. Em 1964, aos 18 anos, transferiu-se para o Flamengo, pelo qual se sagrou campeão carioca em 1965 e vice em 1966. Na temporada seguinte, foi emprestado ao Palmeiras como contrapeso da negociação de Ademar Pantera com o time rubro-negro.

Sua chegada ao Palestra Italia causou enorme impacto. Com 33 gols em 49 duelos, foi o goleador palestrino em 1967 e um dos protagonistas da equipe duas vezes campeã nacional naquele ano. Aguerrido e letal nas finalizações, o centroavante balançou a rede tanto na partida do título do Torneio Roberto Gomes Pedrosa, contra o Grêmio (2 a 1, dois gols de César) – curiosamente, ele e Ademar Pantera, ambos com 15 gols, dividiram a artilharia do Robertão – quanto na finalíssima da Taça Brasil, diante do Náutico (2 a 0, gols de César e Ademir da Guia). Contratado em definitivo pelo Verdão em julho de 1968, após rápido retorno ao Flamengo, voltou a ser decisivo em 1969, ao anotar um dos tentos do triunfo sobre o Botafogo por 3 a 1, resultado que assegurou ao clube mais um título brasileiro.

César se agigantava também nos clássicos estaduais. Com 14 gols, três a menos do que Heitor, é o segundo maior goleador palmeirense na história do Derby, ao lado de Romeu Pellicciari. Aliás, foi em um duelo com o Corinthians, em 1971, que o eterno camisa 9 recebeu do locutor Geraldo José de Almeida o apelido de César Maluco – naquela ocasião, após ser expulso por retardar o reinício da partida, o ídolo alviverde permaneceu agarrado à única bola do jogo e se recusou a entregá-la ao árbitro, interrompendo o confronto por cerca de dez minutos.

A rebeldia, por sinal, era uma de suas características marcantes. Apesar dos costumes conservadores difundidos pelo regime militar que vigorou no Brasil de 1964 a 1985, César mantinha os cabelos longos, usava roupas extravagantes e não escondia o gosto pela noite paulistana. Sob o comando do técnico Oswaldo Brandão, com quem teve alguns atritos, conquistou os Paulistas de 1972 e 1974 e o Brasileiro 1973 – não atuou no Brasileiro de 1972 devido a uma suspensão por questões disciplinares.

Despediu-se do Verdão no fim de 1974 e pendurou as chuteiras em 1977, no Fluminense. Identificou-se tanto com o Maior Campeão do Brasil que, ainda nos anos 1980, tornou-se associado do clube. Figura de destaque na vida política do Palmeiras, cumpriu quatro mandatos como conselheiro e ocupou o cargo de diretor da Base em 2010. Em 2023, o ex-atacante foi homenageado com um busto, o primeiro colocado na Sala de Troféus do Allianz Parque.

Saiba mais:
>Especial Derby: Fatos e curiosidades
>Especial Derby: TOP 10

César Augusto da Silva Lemos 17 de maio de 1945
Niterói-RJ

Posição: Atacante

Número de temporadas: 8

Clube anterior: Flamengo-RJ

Jogos:

327 (171 vitórias, 93 embates e 63 derrotas)

Estreia: Palmeiras 0x1 Universitário-PER (22/02/1967)

Último jogo: Palmeiras 1x1 São Paulo (06/10/1974)

Gols: 182

Primeiro gol: Palmeiras 4x2 Fluminense (05/03/1967)

Último gol: Palmeiras 3x2 Botafogo-SP (29/09/1974)

Principais títulos:

Campeonato Brasileiro em 1967 (Roberto Gomes Pedrosa), 1967 (Taça Brasil), 1969 e 1973; Campeonato Paulista em 1972 e 1974.

Apelidado de Maluco devido ao estilo irreverente que exibia dentro e fora de campo, César Augusto da Silva Lemos foi um dos mais geniais atacantes da história do Palmeiras. Com 182 gols em 327 partidas, é o segundo maior artilheiro do clube em todos os tempos (só atrás de Heitor, que marcou 323 vezes entre 1916 e 1931) e o principal goleador alviverde na Era Profissional do futebol brasileiro, iniciada em 1933.

Nascido em Niterói (RJ) e oriundo de uma família de jogadores (um de seus irmãos, Luisinho, mais tarde atuou pelo Verdão), Cesar iniciou a carreira no Canto no Rio, tradicional agremiação de sua cidade natal. Em 1964, aos 18 anos, transferiu-se para o Flamengo, pelo qual se sagrou campeão carioca em 1965 e vice em 1966. Na temporada seguinte, foi emprestado ao Palmeiras como contrapeso da negociação de Ademar Pantera com o time rubro-negro.

Sua chegada ao Palestra Italia causou enorme impacto. Com 33 gols em 49 duelos, foi o goleador palestrino em 1967 e um dos protagonistas da equipe duas vezes campeã nacional naquele ano. Aguerrido e letal nas finalizações, o centroavante balançou a rede tanto na partida do título do Torneio Roberto Gomes Pedrosa, contra o Grêmio (2 a 1, dois gols de César) – curiosamente, ele e Ademar Pantera, ambos com 15 gols, dividiram a artilharia do Robertão – quanto na finalíssima da Taça Brasil, diante do Náutico (2 a 0, gols de César e Ademir da Guia). Contratado em definitivo pelo Verdão em julho de 1968, após rápido retorno ao Flamengo, voltou a ser decisivo em 1969, ao anotar um dos tentos do triunfo sobre o Botafogo por 3 a 1, resultado que assegurou ao clube mais um título brasileiro.

César se agigantava também nos clássicos estaduais. Com 14 gols, três a menos do que Heitor, é o segundo maior goleador palmeirense na história do Derby, ao lado de Romeu Pellicciari. Aliás, foi em um duelo com o Corinthians, em 1971, que o eterno camisa 9 recebeu do locutor Geraldo José de Almeida o apelido de César Maluco – naquela ocasião, após ser expulso por retardar o reinício da partida, o ídolo alviverde permaneceu agarrado à única bola do jogo e se recusou a entregá-la ao árbitro, interrompendo o confronto por cerca de dez minutos.

A rebeldia, por sinal, era uma de suas características marcantes. Apesar dos costumes conservadores difundidos pelo regime militar que vigorou no Brasil de 1964 a 1985, César mantinha os cabelos longos, usava roupas extravagantes e não escondia o gosto pela noite paulistana. Sob o comando do técnico Oswaldo Brandão, com quem teve alguns atritos, conquistou os Paulistas de 1972 e 1974 e o Brasileiro 1973 – não atuou no Brasileiro de 1972 devido a uma suspensão por questões disciplinares.

Despediu-se do Verdão no fim de 1974 e pendurou as chuteiras em 1977, no Fluminense. Identificou-se tanto com o Maior Campeão do Brasil que, ainda nos anos 1980, tornou-se associado do clube. Figura de destaque na vida política do Palmeiras, cumpriu quatro mandatos como conselheiro e ocupou o cargo de diretor da Base em 2010. Em 2023, o ex-atacante foi homenageado com um busto, o primeiro colocado na Sala de Troféus do Allianz Parque.

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